quinta-feira, 29 de março de 2012


Binary Domain vale a pena?

                                       

Acredito que é um bom jogo pra distrair enquanto não sai nada melhor. Binary Domain possui uma mecânica de TPS tradicional bem implementada. Não trás nada de novo à mesa, mas executa o básico bem o suficiente pra não incomodar e permitir que você jogue até o fim. Isso se você suportar se reviver toda hora. A maioria dos chefes são enormes, agressivos, você tem pouca cobertura pra se esconder, é difícil esquivar dos ataque e pra completar, um único golpe já te nocauteia. 




Fora esse ponto chato, o combate é divertido e tem uma boa mecânica de desmembramento dos inimigos(todos robôs), inspirada por Dead Space. Nesse ponto é que o jogo brilha, é bem prazeroso moer a lataria inimiga na base do tiro. O modo como os robôs se despedaçam, o fato de cada parte do corpo implicar em um tipo de reação, é muito bom. você pode optar por derrubar logo os inimigos moendo suas pernas, ou desarma-los. Destruir a cabeça faz emes se atacarem. Ou seja, tem algumas opções estratégicas interessantes e nem sempre a mais obvia será a melhor. A tal dinâmica de comunicação com os outros personagens, que era algo que os desenvolvedores estavam colocando como ponto alto do jogo, não passa de um sistema de comando tão raso quanto de qualquer jogo que tenha esse tipo de interação. Uns poucos QTEs também chegam a aparecer pra te chatear, mas são apenas tipo 3 ou 4 durante o jogo todo. Não estraga a experiência, mas também não a melhora.


O jogo aborda o velho tema homem versus máquina. Por acaso alguém se cansa desse tema? Eu curto na certa. Blade Runner, Exterminador do Futuro, Eu Robô, é possível ver semelhanças com todos esses. Mas o estilo narrativo japonês normalmente usado pra esse tipo de jogo, eu não curto. Digamos que Metal Gear 3 é o limite pra mim. Metal Gear 4 já foi “over the top” demais. Quando começa a ficar ridículo, mesmo que seja de propósito, dentro de certos temas, não dá certo. Binary Domain tenta seguir essa escola. O jogo não decide se: se leva a sério ou não. Personagens Extremamente caricatos, cutscenes de ação “over the top” e uma trama que começa bem e no final beira o ridículo! Por tanto prepare-se, quanto menos esperar da história, melhor pra você. Se conseguir abstrai-la ou rir com ela, ótimo! 


Visualmente o jogo tem um estilo clean que tenta justificar os gráficos medianos e texturas lavadas. Até que ele se sai bem nisso, os gráficos não estão nem perto de ser top, mas também não agridem a vista como outros recém lançados (Resident Evil:ORC). Funciona bem, cumpre seu papel.


Veredicto:
Se você gosta de TPS, gosta de lutar contra a soberania das máquinas, não liga muito pra gráfico ou história e está entediado por não ter nada de bom pra jogar, seja bem vindo! Esse jogo não é excelente, mas vai ajudar a matar o tempo até sair Max Payne 3. 

segunda-feira, 26 de março de 2012


Sim, eu odeio FPS. Por que?


Meus jogos preferidos desde novo foram os beat’em ups, ou como chamava, os jogos de “ir batendo”. Eu gostava de jogo de tiro também. Só que jogo de tiro, pra mim, se jogava com pistola. Fosse no flipper ou no console. Meu Phantom System tinha pistola, eu  sempre gostei de jogos de tiro como, Duck Hunt e Got’tcha! Nos flippers sempre jogava Virtua Cop ou aquele de faroeste com atores de verdade, achava incrível. Mas eu nunca fui um PC gamer. Não tive PC bom na infância ou adolescência. E o pouco que joguei de Doom e Wolfenstein 3D , só curti por serem jogos que podiam ser jogados nos computadores do colégio, ou seja, havia algo de divertido para se fazer ali. Mas fora desse contexto, nunca entendi o por que dos jogos FPSs.



Os gráficos 3D me davam dor de cabeça, tinha que jogar no teclado e não dava pra ver o seu “boneco”! Três fatores primordiais para me afastarem do gênero. Fui crescendo e fui cada vez mais abominando tal gênero. Comecei a perceber as “preguiças” envolvidas em criar um jogo desse gênero. Não precisava se criar, modelar, ou animar um protagonista. O jogo era basicamente uma câmera que o jogador precisava centralizar no alvo e clicar! Só isso. Diferente de muitos jogos de ação, eu não via graça nisso. A graça do jogo de ação era ver seu personagem, seu “boneco”, fazendo diversas ações heróicas. E no jogo de tiro a graça era pegar a arma, apontar e atirar(você é o herói). Nos FPSs de PC isso não funcionou pra mim, pois o jogo não mostra o herói, nem te dá a arma! Achava ridículo inventarem um jogo de tiro pra jogar sem arma. Quando já existia uma óbvia forma melhor de se jogar, com a arma. Historicamente o desenvolvimento dos FPSs e dos LightGun Shooters(jogos de tiro com controle em forma de arma) ocorreram bem paralelamente, não sei ao certo quem foi criado primeiro ou qual foi popularizado primeiro, mas eu conheci os LightGun Shooters antes. Pra mim esses eram os verdadeiros jogos de tiro em primeira pessoa. Mas, obviamente, eram produtos diferentes, voltados a consumidores diferentes. 



Com o passar dos anos achei que os FPSs iriam morrer, mas quem morreu praticamente foram os lightgun shooters. Meu amor pelos verdadeiros jogos de tiro resistiu. Ainda no PS2 eu tive duas pistolas e jogava Time Crisis 2 com as duas, em um dos modos que permitia isso. Isso sim é um shooter! Quero ver qualquer FPS tentar te dar mais imersão que isso. Pois em qualquer FPS até hoje, mesmo quando eles te dão duas armas, você não pode atirar em duas direções diferentes. Chupa essa!



Com a melhora dos gráficos, passei a achar mais aceitável jogar um FPS, mas ainda não entendia por que faziam o jogo assim, preso a uma única e restrita perspectiva! Não sei se foi o primeiro jogo a fazer isso mas, Metal Gear Solid 2 foi o primeiro jogo, que eu joguei, que te dava a oportunidade de mudar de perspectiva, jogar em terceira pessoa e atirar em primeira, caso você quisesse(MGS1 também tinha algo do gênero, mas a perspectiva em primeira pessoa estava restrita ao rifle sniper). Daí pra frente nunca entendi por que continuavam a sair jogos com uma única perspectiva. Acho que tem a ver com aquela velha “preguiça” de programação. Mais fácil programar um FPS do que um jogo com perspectivas múltiplas. 


E com a “nova geração”, nossa atual, houve a re-invenção de outro gênero, o TPS. Jogos de tiro em terceira pessoa. Claro, TPSs já existiam a muito tempo, quem não conhece Syphon Filter ou outros? Mas o gênero foi revolucionado e voltou a ganhar força graças a mecânica da paredinha popularizada por Gears of War. Mais uma vez Metal Gear estava a frente, pois já havia trazido o conceito da paredinha, porém Gears foi o primeiro jogo de tiro mesmo, não espionagem, a implementar e evoluir a paredinha. Mais uma vez, com a evolução, achei que esse gênero porco que é o FPS iria morrer. Pois com jogos TPSs onde você podia mudar a perspectiva de acordo com sua preferência, achei que finalmente acabaríamos com os gêneros e teríamos apenas jogos de tiro, com a perspectiva que você preferisse utilizar. Mas o mercado é uma merda e “fanboyismo” é outra merda. As pessoas defendem um gênero que preferem, mesmo que isso custe a evolução dos jogos. Ao invés de termos jogos de tiro com perspectiva livre, (seja terceira, primeira ou o que preferir) o que vimos a seguir foi uma sucessão de frankensteins. Jogos que misturam FPS com parkour, FPS com paredinha, FPS com corrida e até FPS com rpg! Merda, são conceitos fodas, porém todos presos a uma única perspectiva! Eu queria muito jogar Mirror’s Edge, mas não consegui. Simplesmente era triste demais! Não poder ver uma bela protagonista. Não poder me ver fazendo as manobras incríveis. Na verdade, por causa da porra da perspectiva, eu não conseguia nem fazer as drogas das “parkourzadas”! E quando conseguia, e aí? Sério, te pergunto, e aí? Por que diabos é maneiro ver uma câmera balançando indo em direção a uma parede, depois virando subitamente, e de novo e de novo? Você não consegue entender nada! Daqui a pouco você vê chão, teto, escada, tudo muito rápido! Sério, se fosse legal, os filmes de ação só seriam feitos em primeira pessoa. Um take ou outro, tudo bem. Mas a merda do mercado trancou as obras dentro de uma perspectiva! Então o jogo se passa todo em primeira pessoa, olha que loucura! Me diz quantos filmes você já viu que são inteiros na primeira pessoa? Nem a Bruxa de Blair é todo assim! Primeira pessoa não é sinônimo de boa imersão. Mirror’s Edge poderia ter sido algo tão legal, bastava não estar trancado em primeira pessoa (claro, não basta dar outra perspectiva, tem que funcionar bem, o jogo teria que ter sido feito e programado para ser um jogo em terceira pessoa). No entanto se deu certo, cade a continuação? Se não tem, meu amigo, é por que não deu certo. 



Mesmo um jogo de guerra, não é só atirar. Você corre, pula, rola, se joga e tudo isso sempre é melhor na terceira pessoa. Por que não acabar com essa restrição perspectiva? Então os jogos de tiro que deveriam ser um único gênero, continuam separados em sub-gêneros. Tudo por culpa de uma maldita perspectiva limitada! Isso é que é não ter visão. Tudo bem, os FPSs evoluíram. Gráficamente, alguns já não me dão mais dor de cabeça. Hoje vemos partes do corpo do protagonista. Mas ainda assim, não é pra mim. Simplesmente, não.


quarta-feira, 21 de março de 2012


Asura’s Wrath, que RAIVA! 



Como um bom entusiasta dos games, estou sempre vendo debut e trailers de jogos. Logo, acompanhei Asura’s Wrath desde o começo. A princípio parecia promissor. Jogo de ação, porrada grosseira na mão, mitologia oriental, produzido pela Capcom(Devil May Cry) e desenvolvido pela Cyber-Conect(Naruto Generations). O que poderia dar errado? Porém a cada trailer novo eu ia me desanimando. Pra começo de conversa ODEIO QTE (quick-time event). O infame: Aperta o butão agora pra ver a cutscene e achar que está jogando! Mas não vou falar de QTE agora, pois pretendo dedicar todo o meu ÓDIO para fazer um post apenas sobre como os QTEs estão impedindo o avanço do gameplay nos jogos.




Retornando a Asura, após tanto trailer com cutscene e QTE e quase nada mostrando a real jogabilidade do jogo, eu já estava escaldado. Não me empolguei, peguei o jogo só agora. Começo a jogar, ou melhor assistir. Cutscene... QTE... um gameplayzinho de rail-shooter meio gimmick... errar o QTE ou o jogo de tiro não implicam em muita coisa. Depois de MEIA HORA, acaba o primeiro capítulo! Mas eu nem joguei! como assim acabou o capítulo e eu ainda ganho nota!? Mas por quê? Anyway, resumindo,  o primeiro segmento de gameplay real ocorreu após 40 minutos de cutscenes e QTEs, e durou menos de 40 segundos! No terceiro capítulo rola o tutorial da parte que deveria ser a mais frequente de gameplay. Aí sim você finalmente pode atestar que a jogabilidade não é boa. Algumas boas idéias, mal executadas. Sistema de combo sem inspiração e sem evolução (aperte quadrado pra sempre é o único combo do jogo). A própria dinâmica de funcionamento das interações, não funciona bem. Ataques dos inimigos fazem um “stagger” muito demorado, quase uma pausa no gameplay. Esquivar com rolamento parece meio fajuto pra um semi-deus. Não existe uma defesa, e os comandos não tem uma resposta rápida. Enfim, o combate não é prazeroso, nem recompensador.






Outra grande inconsistência na apresentação é que, apesar das horas de cutscenes o jogo ainda tem partes da história contadas em forma de texto sobre ilustração! Sem dublagem! Ou seja depois de horas de cutscenes absurdas de cenas de combate, o jogo te obriga a ler um texto miúdo branco, em um fundo muitas vezes branco! Isso se você quiser entender a história completamente, que parece ser a única coisa minimamente interessante nisso que não pode ser chamado de jogo. Por que diabos não contar essa parte com cutscene também? Ou por que não, ao menos, dublar essa parte? Eu não entendo essas opções de design. Talvez seja pra você ficar atento ao jogo. Mas vou te dizer, não funciona. Durante as cutscenes mesmo, entre um capítulo e outro, peguei no SONO!






Conclusão:  A cada 20 minutos de cutscene tem 3 minutos de gameplay em média. Dos quais, eu aposto que eles também estão contabilizando o QTE. Mais pro final, o jogo começa te dar segmentos maiores de gameplay finalmente. Porém isso só trás tristeza. A péssima jogabilidade me fazia querer acabar rapidamente com aquele segmento para continuar assistindo. Pra algo que deveria ser um jogo, isso tá muito errado. já vi muito jogo de DLC que custa 10U$ na PSN e live, ter um trabalho maior de gameplay que esse jogo. Asura’s Wrath não deve ser considerado um jogo. É quase como um Heavy Rain, filme interativo. Dá próxima vez, decidam antes se vão fazer um jogo ou um anime. E o que optarem, façam direito. Eu adoraria ver um anime de Asura. Mas o jogo infelizmente está insatisfatório. E eles ainda tem a cara de pau de lançar DLCs pagos pra esse jogo! 

segunda-feira, 19 de março de 2012

Eu e Metal Gear (um caso de amor)


Sobre MGS 2, e o Raiden.
Como já disse, Metal Gear me trouxe de volta ao maravilhoso mundo dos games. Genial! Não havia jogado o primeiro jogo ate o fim, apenas li coisas sobre, e sobre a historia. Acho que foi a única vez que funcionou a meu favor esse lance de: fazerem uma continuação pra quem não jogou o primeiro jogo poder jogar sem problemas. 



     Acabei jogando realmente como Kojima planejou. Joguei o segundo jogo, tendo uma experiência similar a do Raiden. Eu era um novato, assim como ele. Fui desvendando a trama, me envolvendo, e me vendo lutando ao lado de Solid Snake, a lenda! Tanto eu quanto ele só conheciamos o Snake realmente pelas histórias. Eu pensava, como sou impotente perto dele, como ele é tão melhor que eu, e como quero ser como ele quando eu crescer. E essa admiração estava estampada no Raiden. Era uma das poucas características dele. Pois do ponto de vista narrativo o Raiden havia sido criado realmente para esse propósito: Para você entrar naquele personagem. Era um personagem raso e vazio. Sem personalidade. Foi criado e treinado pra ser soldado desde sempre. Sem lembranças do passado, não gostava do seu próprio passado. E toda essa ausência estava ali para ser preenchida por nós, o jogador. E além disso colocava sob uma nova perspectiva externa o herói Solid Snake. Próximo ao fim do jogo, quando o Ocelot começa a explicar que qualquer um, dada as devidas circunstâncias, poderia se tornar Solid Snake. Ele não está falando do Raiden, está falando de nós! milhões de pessoas jogando o mesmo jogo, Não sendo, desejando ser e se tornando Solid Snake, através de um avatar vazio, que é o Raiden. Nesse ponto avançado do jogo você já passa a se achar incrível! Já se imagina superando o lendário Solid Snake.  O jogo vai indo muito bem num crescente até o seu ápice. 


Em MGS1 havia um certo personagem tido como FODA por todos. O famoso Ninja-Cyborg de Metal Gear. Gray Fox, Frank Jaegger para os íntimos. Em determinado momento TODOS queriam jogar com ele, e quem jogou o VR Missions teve esse PRAZER. No MGS2 temos um ninja novamente, mas não nos confrontamos com ele. Snake é quem cuida do Ninja. E mais a frente quando encontramos com Snake, ele nos presenteia com a espada do Ninja! PRONTO! Agora EU sou melhor que o Snake. Porque agora EU sou O NINJA! Puta kill pariu! Naquela época eu achei e ainda acho, aquela jogabilidade pra espada, muito foda! O esquema de controlar o angulo dos ataques com o analógico (E não deixa de ser a mãe da mecânica de corte do MGRising) Me pergunto até hoje como não saíram jogos de samurai com tal esquema. Nossa como eu me diverti naqueles momentos finais sendo ninja! Eu desvio balas com a espada porra! Claro que EU sou tão foda quanto, ou quem sabe até melhor que o Snake! E puta merda que sequência foda, Lutar lado a lado com Solid Snake como o Ninja e se tornar uma lenda também.



Isso só pra citar um dos melhores momentos. Pouco antes disso também há um momento cômico clássico que me marcou pro resto da vida. A Coronelizada do Coronel quebrando a quarta parede! Eu estava jogando a mais de 5 horas o jogo pela primeira vez. Quarto fechado, luzes apagadas, todo o clima. Quando cheguei nessa parte e o coronel começou a me mandar desligar o video game, eu realmente achei que estivesse ficando maluco! Foi muito bizarro, foda e engraçado! puta merda. Eu obedeci! Desliguei. Estava jogando realmente a muito tempo. Claro, salvei e desliguei. Ah coronel... que personagem.



Enfim, a quebra da quarta parede, a comédia, a profundidade dos diálogos finais, não era mais Raiden que estava ali, era eu. O jogo estava falando comigo, moldando meu caráter, me ensinando lições de vida que, querendo ou não, trago comigo até hoje. Toda a genial construção da ironia narrativa da trama faz MGS2 ser, pra mim, o melhor metal gear até hoje. Eu não vou mergulhar numa análise profunda disso aqui. Não é pra qualquer um, quem entendeu MGS2, entendeu. Parabéns! Quem não, só lamento.


Nunca entendi o árduo ódio dos fãs a MGS2 e ao Raiden. Tempos depois, terminei o jogo, daí joguei o primeiro. Bom, na verdade durante essa era metal gear, eu e meus amigos viramos algumas noites zerando MGS 1 e 2. Compreendendo toda a historia, aproveitando cada momento de tensão, e cada momento cômico. Meus amigos haviam jogado antes MGS1, e não gostaram do tal Raiden. Mas ele não foi criado para ser gostado, Ele é apenas um avatar vazio. O Snake sim é carismático, daí da pra entender os revoltosos. Mas a questão é que gostando ou não, MGS2 só poderia ser do jeito que foi com ele. Se jogássemos com o Snake já saberíamos de tudo, já que dessa vez Snake e Otakon são quase “autonomos” e não tem ninguém acima mandando ou enrustindo informações.
     


       Claro, que depois de terminado o jogo, jogando pelo prisma de alguém que estava completamente por fora da situação, quem não quis jogar de novo só que agora jogar a parte do Snake? Jogar uma versão não qual você já vai sabendo mais das paradas, passando por situações que são apenas mencionadas naquele jogo. Como a luta do Snake com o Ninja, e sua luta final contra a “Não Style”(apelido carinhoso que demos a Fortune). Quando anunciaram o SUBSTANCE, e falavam de um modo Snake tales, achei que se tratava disso. A expectativa cresceu, ansiedade, e no fim, nada disso, decepção. Foi só o que faltou no substance. Não jogar a parte do snake no MGS2, deixou um grande vazio no meu peito, e um “Q” de quero mais.

domingo, 18 de março de 2012

Eu e os video games.



     Bom, quando eu era pequeno, jogava Atari na casa dos primos. Nunca tive um Atari, e acabei tendo meu primeiro vídeo game graças ao plano Collor! Com aquela de congelar as paradas, não lembro bem como ou porque, mas meus pais, pra não perder o dinheiro, tiveram q gastar. E assim eu ganhei meu primeiro vídeo game, o Phantom Sistem! Um Nintendinho genérico da gradiente. Crescendo com Mario, Megaman, Tartarugas Ninjas, Castlevania, Contra e companhia. Acompanhava as revistas de vídeo game, e juntava o dinheirinho da mesada pra alugar jogos. 



    Claro, durante essa fase joguei muito flipper também. Final Fight, Cadillac Dinossaurs e Tartarugas Ninjas devoravam as minhas fichas. Mas o mais impressionante era o X-men com duas telas e 6 controles! Bons tempos. Um belo dia, um bom tempo depois de já lançado o Super Nintendo, eu comprei o meu. Com as economias de uns 3 anos. Pura felicidade! Megaman X, Super Mario, Super Castlevania, Turtles in Tilme e Star fox apenas para citar alguns. E pouco tempo depois, quando já tinha uma pequena noção das coisas, em algum momento eu ouvi sobre o lançamento de um tal ultra 64. na época eu, nintendista, nem cogitava como possibilidade comprar um playstation, fala serio! Sony é marca de aparelho de som! Que negocio é esse de jogos em cd!? Fala sério!




    Vi playstation, sega saturn, mas esperei... esperei pela decepção da minha vida! Quando depois de mais 3 anos de economia, ai já incluindo dinheiro de lanche da escola, que não comia, e dinheiro de passagem de ônibus, que eu ia a pé, comprei meu Nintendo 64. que alegria! Que euforia! Que MERDA! Não quis saber, tinha esperado tanto que comprei logo de cara. Daí a decepção. Poucos jogos, menos ainda decentes. Estava entrando na adolescência, Mario e outros joguinhos bobinhos não tinham mais tanto apelo. O chamariz do 64 eram os quatro controles, mas nunca tive mais de um, também não tive outros jogos além de Zelda. Claro joguei Star Fox 64, gostei dos jogos que joguei, mas sentia inveja de quem tinha optado pelo PlayStation. Todos aqueles jogos irados de luta de fliperama novos, Xmen, Marvel Super Heroes, precursores do Marvel x Capcom. Então o excelente Zelda: the ocarina of time, encerrou a minha vida nos videogames. Em pouco tempo, o 64 foi deixado de lado. Já era pra estar deixando de ser criança, era hora de deixar os video games de lado.

 

    Passei a jogar apenas ocasionalmente em fliperamas. por sorte havia aberto um próximo ao colégio. Acabei pela primeira vez me tornando um daqueles moleques que são foda em jogo de luta. toda essa linha de Marvel até x-men x street fighter. Tudo por que uns meses antes havia viajado pra fora e conhecido esses jogos antes de chegarem aqui, e com as fichas sendo 25centavos de dolar naquela época que o dolar e o real estavam 1 pra 1, foi um SONHO! torrei muita, na verdade pouca, grana nos flipers lá. E acabei aprendendo a jogar esses jogos. Mas foi basicamente isso, fliper de vez em quando. E não pensava em comprar um novo video game.


     Seria o ponto final dessa historia. Não fosse um belo natal aonde eu, já mais velho, sou apresentado de perto a um playstation. Já havia jogado, mas nesse natal meus primos levaram o deles pra casa da minha avó. Então pude ter mais contato, jogar mais, e o principal: METAL GEAR SOLID! Me apresentaram esse jogo. Esse que hoje é pra mim O jogo. Foi um caso de amor a primeira vista. Era outra concepção. Olha só, vc vai matreiramente por trás e mata o cara, q irado! Então comecei a rastejar por ai, enforcar, e espirrar! Que jogo! Claro, eu não fui muito longe, não passei das paredes cimentadas q levam ao caro amigo Ocelot. Sim, eu estava bitolado por estar tanto tempo sem jogar, e jogando com pressa também, não me liguei muito nas falas ou na historia inicialmente. Em pouco tempo natal e ano novo passaram, meus primos se foram, e a vontade de jogar metal gear ficou. Então passei a voltar a me informar sobre vídeo games. O PS2 estava a caminho, e com ele MGS2! Então com mais um pouco de economia, e dessa vez uma ajuda extra dos pais, eu voltava em grande estilo para o maravilhoso mundo dos vídeo games. A partir daí foi só crescente o interesse. 



    Muita coisa se passou desde então. A era de OURO dos video-games veio com o PS2. sejamos francos, o melhor video game de todos os tempos. E claro como não poderia faltar a era de OURO da pirataria também. era possível jogar mais jogos do que jamais havia imaginado ser possível! Claro, quem teve o PS1 antes já sabia disso, mas para mim era novidade. E eu, apaixonado, realmente comprei MUITOS jogos, joguei MUITOS jogos, tirei o atraso. Joguei jogos de PS1 também. Zerei muitos jogos, jogos difíceis! joguei muita porcaria também, nem que fosse so pra ver como era. Era o milagre da pirataria. Nunca fui e nunca serei novamente tão habilidoso nos games quanto fui nessa época. Muitas madrugadas viradas com os amigos jogando lá em casa. Depois os amigos compraram seus PS2 finalmente dando fim as madrugadas viradas só lá em casa, e dando inicio as madrugadas na casa dos outros. Minha namorada comprou um PS2 também, e a era PS2 lentamente foi se extinguindo para mim... 




    Passei adiante meu PS2, já pensando em juntar dinheiro pra comprar meu PS3 mais de um ano antes do lançamento! Dessa forma me despedi do convívio diário do PS2 e dei a um amigo a oportunidade de desfrutar tudo aquilo que eu havia aproveitado. Dessa forma mais um amigo se entregou ao vício, e eu segui em abstinência, jogando apenas nos fins de semana , juntando minha grana. Quando o PS3 saiu, chegou aqui com um preço ABSURDO! Nunca antes visto ou imaginado! Tive de me conter. Não era difícil, não tinha muita coisa que eu quisesse jogar. enquanto Metal Gear 4 não saia eu estava seguro. Pois bem, quando saiu, não deu pra aguardar mais, comprei o Bundle do PS3 com MGS4. Felicidade instantânea! paguei pouco mais do que havia pago no PS2 na época, foi um bom preço, e veio com Metal Gear 4. Outro fator a esperar era a pirataria. Muitos amigos estavam esperando o começo da pirataria no console pra comprar um. No fim das contas todos compraram o 360, só eu o PS3. Pra mim Metal gear foi mais importante. Exclusivo "system seller" com certeza. Logo MGS4 proporcionou novamente ao meu grupo de amigos as infames viradas de noite jogando, e que nostalgia! Foi a última virada desse tipo. poucos jogos tem essa capacidade de entreter diversas pessoas apenas com um storymode single player.



    O PS3 foi bom pra mim, mas de uma forma lenta. comprava jogos com muito mais custo e procurava saboreá-los ao máximo. Trabalhava como freelancer, as coisas não eram fáceis. Mas com o meu primeiro salário de carteira assinada, comprei um 360. Só pra poder jogar os jogos medianos que tanto gosto. Não sou a favor da pirataria, mas com preços absurdos e jogos merda, divertidinhos, mas merdas, não há outra forma. Gosto dessas experiências merdas, sabe? Tipo jogar Golden Axe: Beast Rider. Eu precisava atestar com minhas próprias mãos aquele cocô! sentir na mão seu calor e textura pra poder acreditar que sim, eles fizeram ISSO com Golden Axe! mas certamente eu não queria gastar nem um tostão com isso, e muito menos dar dinheiro a uma empresa que fez essa merda! Me arrependo até de ter gasto o dinheiro no dvd pirata.



      Mas os jogos bons, esses eu compro sempre original e pra PS3, e não só os exclusivos.Claro tenho todos os Uncharteds e Infamous 2 Colector’s Edition. Mas também tenho Darksiders e faço questão de comprar o Colector’s Edition do 2 se eu conseguir. Outros jogos que me surpreenderam testei no xbox e depois comprei o original, como Arkhan City e Skyrim. Claro antes de saber que o Skyrim praticamente não funciona no PS3! Ridículo isso, mas enfim. (troquei por Hevenly Sword e Lair e tô muito feliz com a troca, Lair é uma bosta mas queria jogar, o conceito é bom, e HS é um clássico do início do PS3)
E esse é meu background.