quinta-feira, 13 de março de 2014

Eu e Metal Gear (Parte Portátil!)

Sobre Portable Ops e Peace Walker

Fazia um tempo que não escrevia sobre Metal Gear. Mas com a eminente chegada do “DEMO” do MGS5(o Ground Zeroes) me empolguei pra escrever. Continuando a saga na ordem, eu havia zerado MGS3, curti mais pelos personagens que pelas história em si. Pouco tempo depois saiu o MPO pra PSP. Foi a gota d’água pra comprar um PSP. Metal Gear já havia se tornado algo determinante na minha vida, compraria consoles pra poder acompanhar a saga. E realmente, eu só comprei um PS3 quando saiu o MGS4, comprei o do bundle inclusive. Mas de volta ao PSP, foi bacana relembrar a história do MGS1 na digital graphic novel(DGN). E além disso finalmente acompanhar a trajetória do Big Boss pós MGS3. 


Como não havia gostado do tanto do 3 não vinha me empolgando pro MPO, porém quando eles revelaram que o Coronel Campbell estaria no jogo e que mostraria o início da amizade dele com o Big, ah eu tive certeza de que precisaria jogar! E devo dizer que o jogo me surpreendeu positivamente! Todo o esquema novo de recrutar soldados e “criar um exército” fez sentido e foi interessante! Claro, se você perder o save ou quiser jogar muito tempo depois de já ter apagado, vai perceber que o esquema é meio sacal. Mas todo metal gear depois dos 2 primeiros envelheceram mal. Ter que entrar no menu de pause pra camuflagem toda hora no MGS3 ou no Menu da Motherbase pra construir coisas no MPO e PW tornam a experiência do “replay” um tanto arrastada e dolorosa. Principalmente quando o mais importante em Metal gear pra você é a história.


E por falar em história esse foi um dos pontos altos do MPO por incrível que pareça! O jogo teve um grupo de inimigos distinto e carismático o suficiente pra ocupar ao meu ver o segundo lugar na lista de grupos de vilões de MG, perdendo apenas para a “gang” original do MGS1. E diga-se de passagem que também foram um dos poucos grupos de vilões que tiveram uma backstory desenvolvida, assim como no MGS1, nos conhecemos os adversários. Diferente de MGS2 e 3 em que os inimigos eram basicamente misteriosos e pouco se desenvolveu sobre eles(com exceção do Fatman que teve desenvolvimento mas ainda assim era tosco!). Um grupo bem heterogêneo, um traidor do pentagono, um líder super carismático e com um bom plano, uma menina com habilidades para-normais e dupla personalidade e pra fechar o grupo dois soldados que já tinham uma história com o “Snake”, Python e Null. Ambos muito bem desenvolvidos, apesar de ser a primeira vez que ouvimos falar no Python, eles realmente venderam bem que ele e Snake eram conhecidos de velha data. E o Null, nada mais satisfatório, além de ter o Coronel no jogo, descobrirmos também que Null é nada menos que Frank Jaegger, o futuro Gray Fox e famoso Ninja Ciborgue de MGS1. Só com isso o jogo já seria foda pra mim.


Mas além disso a trama em si se aprofunda de uma forma que não havia ocorrido no MGS3. Se MGS1 é a ponta do iceberg e MGS2 é o restante que fica submerso, Aqui temos novamente essa situação com MGS3 sendo a ponta do iceberg e MPO sendo o restante submerso! A trama complexa aborda o “legado dos filósofos”, que fim levou, o nascimento dos Patriots, o envolvimento do Ocelot como agente triplo e tudo com personagens, novos ou veteranos na série, muito bem construídos! Enfim o jogo realmente me saciou de uma forma que MGS3 não tinha saciado. Ele estreita o “gap” entre MGS3 e MGzinho de uma forma que pra mim parecia definitiva.


PW

No entanto algum tempo depois surgiu o Peace Walker. De cara eu não gostei do fato dele ter ignorado ou “deixado pra lá” praticamente tudo que aconteceu no MPO. Hoje descobri, numa entrevista do Kojima, que realmente isso se deve ao fato dele não ter sido o diretor e escritor do MPO, tendo sido apenas produtor. Mas ele não identificou como absolutamente não-canônico. De qualquer forma eu acho que MPO foi MUITO melhor que PW em termos de história.


No gameplay o PW trouxe um CQC simplificado que finalmente começava a parecer aquele usado pelo Snake nas cutscenes de MGS3, porém também com um “Q” de quick time event. O esquema de recrutamento estava de volta, mas todos os recrutados do jogo anterior não estavam mais lá e não se ouve falar deles nunca! Nunca mais ninguém nem menciona a Fox-Hound. Python, Frank Jaegger e Campbell não são se quer mencionados no PW. Outra coisa que me deixou desconcertado é que no MPO vc recrutava os soldados e podia usa-los mas não havia co-op. Aí o PW veio com um novo sistema de Co-op na história, o que era muito interessante, mas aí você não podia usar os soldados que recrutava! O Co-op acontece com todos os players jogando como Snakes! LOL! tudo bem, é um detalhe, não me aborreceria se ao menos a história fosse boa.

Mas que diabos de história foi essa!? NENHUM personagem familiar aparecendo. Quer dizer, tem o Miller, que DO NADA esta ocupando o lugar que o Coronel ocupou no MPO. Sem explicações ou introduções ao personagem ou como se conheceram. Ah e o pai do Otacon mais pro final. Mas os demais personagens são todos novos e sem carisma. Paz, Chico, Amanda, whatever! Professor Galvez, Coldman. Pra completar os “Chefões”, são todos robôs, tipo metal gears, uma “forçação” sem inspiração. Pra piorar Eles ficam numa punhetação sobre a possibilidade da The Boss estar VIVA! Assim a personagem mais foda, se eles viessem com algum papo de que o Snake não atirou nela no final do MGS3, que teria atirado no chão, mas escondeu de todo mundo isso pra que ela pudesse viver, e ela se escondido ou coisa do gênero, eu aceitava. Agora vir com AI “coronelizada” da Boss foi fracasso DEMAIS! É muito arrependimento de ter matado o personagem mas nao querer voltar atras, aí faz uma merda dessas! LOL! PW pra mim é o PIOR Metal Gear em termos de história. 



Ainda reviravolta até o final da Paz sendo traidora, umas paradas meio forçadonas e nada a ver. Pilotando Metal Gear pelada, com cockpit cheio de água, é forçar muita barra pra coisa ficar com cara de Anime. E Snake segurando com as mãos um pisão de Metal Gear... LOL! Triste DEMAIS! No nivel de Ninja Raiden segurando a “Outer Haven” nas costas no MGS4! LOL! E o que me deixa realmente triste agora é saber que o MGS5: Ground Zeroes vai trazer de volta esses personagens nada carismáticos ou importantes do PW. Paz e Chico de volta... af! Vou ficar muito feliz quando acontecer as cenas do trailer em que o Big enforca o Chico e a Paz morre! Nunca serão! JAMAIS SERÃO!