quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Os melhores “sleeper hits" dessa geração (PS3)

Há algum tempo atrás fiz uma recaptulação dos “sleeper hits” da geração PS2. Por falta de uma melhor tradução chamei eles de “clássicos adormecidos” mas acho que o mesmo não se encaixa para essa geração. Na era PS2 havia uma grande quantidade de jogos em geral, logo haviam muitos jogos medianos razoáveis. Na geração PS3 parece que os títulos grandes, AAA, consumiram muito investimento, então houveram menos jogos em geral, e poucos foram medianamente bons, menos ainda os excepcionais e muitos jogos foram medíocres. 

Então não estou aqui pra falar do óbvio, dos clássicos como Uncharted ou Assassin's Creed que são obrigatórios pra qualquer um que realmente aprecie a arte dos video games. Estou aqui pra falar dos jogos que você deveria ter jogado mas não jogou, jogos muito bons que foram subestimados ou escaparam do radar do grande público. Mas sim, não espere grandes surpresas pois não são jogos tão obscuros quanto os da lista de PS2, afinal, tivemos mesmo menos opções de jogos nessa geração do PS3.

Já deixo aqui avisado que estão de fora da lista alguns dos meus favoritos (Sleeping Dogs, Darksiders, Dragon's Dogma) por razões óbvias, cada um já teve um post inteiro dedicado a eles. Com isso fora do caminho, vamos aos jogos.

Portal
O que falar de portal? Nunca jogou? Jogue! Não é para todos, é um jogo de puzzle em primeira pessoa envolvendo portais dimensionais. Um jogo simples mas com muito a dizer. Certamente hoje é um dos maiores clássicos “cult" dos games junto com Ico. 


The Saboteur
Um dos melhores jogos de mundo aberto dessa geração. Sua estética "noir" e ambientação numa França ocupada pelos nazistas durante a segunda guerra dão um toque diferencial. A história é muito boa, personagens cativantes e uma jogabilidade boa e divertida! Até hoje são raros os jogos desse estilo que tem uma dirigibilidade melhor que a de GTA, mas esse jogo TEM! E não a toa, o personagem principal é um mecânico/corredor de corridas de carro então essa parte do gameplay é muito importante também pra história. 


Sem falar na variedade de carros que tem no jogo. Sério, a maioria dos jogos tem carros equilibrados, mesmo o carro mais foda do jogo nunca é tão melhor. Mas nesse caso é! O protótipo de carro de corrida mais foda que você libera é ABSURDO! Divertidíssimo de dirigir, inclusive nas missões, fora de corrida. Além disso o restante da jogabilidade de ação é bem sólida, com as tradicionais habilidades de escalar prédio, brigar, “stealth”, se disfarçar e atirar. Embora o tiroteio seja meio frenético pois não há uma mecânica de “cover" decente no jogo. Se você achou bacana o carro "a lá” James Bond que teve no GTA5, que tal um carro de corrida de época com uma metralhadora?


Spider-man: Web of Shadows
Esse é outro excelente jogo de mundo aberto mas, como podem ver pelos gráficos, é um jogo antigo lá do começo da geração PS3. Porém isso não tira o seu brilho de gameplay. É o melhor jogo do Homem-Aranha até hoje. Tudo bem que os jogos dos filmes foram até razoáveis, trouxeram uma câmera mais próxima pro “web swing” e um combate mais moderno tipo a série Arkham. Mas eles diminuiram demais a cidade. E muito antes disso Web of Shadows teve um dos gameplays mais completos num jogo do Aranha até hoje. Como foi o primeiro jogo não ligado a um filme, ele teve uma história que lembrava mais os quadrinhos, especialmente a saga "Maximum Carnage" que também teve um jogo foda no Snes. E por tanto, teve um combate mais estilizado, com muitos upgrades e manobras de combate diferentes, combate no chão, na parede, com simbionte, sem simbionte e combate aéreo! Sim o grande destaque era o combate aéreo! Enfrentar diversos inimigos voadores estilo Abutre e Duende-Verde, por entre os prédios, pulando de inimigo pra inimigo, emendando combos, sem precisar colocar os pés no chão, era indiscritível! Realmente um sistema impressionante! Fiquei vidrado com o primeiro trailer que vi, até o momento de realmente jogar e me deliciar. O jogo tem uma história bem bacaninha e com opções e consequências. Como você tá com o Simbionte você pode ser mais "lado negro” ou mais correto. Isso muda suas alianças no jogo e o final. Curti muito por poder ficar com a Black Cat no final ao invés da Mary Jane.   



Clive Barker’s Jericho
Cara, eu detesto FPS, vocês já sabem. Mas em alguns momentos tentei dar chance pra alguns. Joguei uns poucos, zerei menos ainda. Mas esse certamente foi um daqueles que realmente me deu vontade de jogar! Era diferente, não era aquela mesma coisa de todo FPS. Eu só joguei o Demo, fiquei na vontade. Você joga com um esquadrão especial meio similar a uma Fox-Hound de MGS. Nela você é o comandante, que acho que é um cara meio Medium que morreu! Resumo da ópera, você pode “possuir" e jogar com qualquer membro do seu esquadrão e cada um deles tem um poder bizarro também. A sniper pode controlar a tragetória das balas, Tem uma ninja com espadas, alguém tem telecinese também, tem um maluco grandão com uma mini-gun e umas cobras psiquicas de fogo que atacam as pessoas, tipo “piromancer". Enfim é um esquadrão boladão, cada um tem pelo menos 3 armas diferentes e 1 ou dois poderes. Bem interessante. Mas já li reviews péssimos falando mal das "AIs" do jogo.


Vanquish
É simplesmente o shooter em terceira pessoa mais rápido do oeste! Esse jogo é frenético, muito bacanão! É tipo um filhote de Metal Gear com Devil May Cry. Estética carregada oriental, gameplay bom, um jogo rápido com elementos de gameplay que o distinguem da massa medíocre. Se você jogou Gears of War meia hora, você praticamente já jogou os 4 jogos inteiros por que é tudo a mesma coisa: "anda devagar, encosta na parede, atira com as mesmas armas de sempre." Em Vanquish as armas diferentes que você pega, são realmente diferentes, a movimentação do jogo é frenética por conta do dash-slide que você tem. Isso dá um outro ritmo pro jogo. Inimigos diferentes estão sempre surgindo, você nunca vai ficar entediado na mesmisse. A história é whatever, assim como a de Gears, porém esse jogo é DIVERTIDO, diferente de gears.  


Folklore 
Esse exclusivo do princípio do PS3 é um dos jogos mais sólidos desse período conturbado do lançamento do PS3. Ele é um jogo de fantasia mas tinha um esquema de combate muito parecido com um excelente jogo de PSP chamado Rengoku. O esuema é que basicamente você rouba habilidades dos seus inimigos e equipa elas nos diferentes botões. No PSP isso seguia uma lógica, de equipamentos para as pernas no “X”, braço esquerdo e direito, Quadrado e “O”, e por fim cabeça com Triângulo. No Floklore não havia essa lógica, mas era mais ou menos a mesma dinâmica, inclusive na forma como as fases eram montadas. Sequências de salas povoadas com inimigos que você tinha que ir superando e avançando, e normalmente cada poder novo de um monstro novo seria mais efetivo contra um determinado tipo de inimigo. Era bem bacana. O mundo do jogo era meio bizarro e você jogava com dois personagens, tinha uma história interessante, embora o fato de não ter "voice over” ter me desanimado um pouco. Infelizmente eu não terminei esse jogo e até hoje ainda procuro uma cópia em conta pra ter.  



Nier

Bom, eu não podia deixar de sitar esse jogo aqui, afinal ele foi uma “continuação espiritual” do meu querido Drakengard. Embora o gameplay seja totalmente diferente, esse aqui tá mais pra um action RPG. Tem um combate interessante e uma história e designes muito loucos! Pra quem curte J-RPG é uma boa.