quarta-feira, 27 de maio de 2015

Witcher 3 é realmente um 10?

Já fiz um post aqui uma vez falando sobre como eu sempre sei quais jogos vão me agradar só pelo video de gameplay, mesmo sem jogar. Quando vi o primeiro gameplay de Witcher 3, não achei nada demais. E quanto mais eu vejo, principalmente do combate, menos interessante acho. É ok, nada demais e com bastante falhas e mesmísses. E agora com uma semana pro lançamento vejo o jogo receber apenas bons reviews, só coisas entre 9.5 e 10. E então eu me pergunto até onde os gamers realmente querem um jogo bom, divertido de jogar? Ou se o que a maioria procura é realmente apenas um escapismo? Outra realidade, um mundo grande e vasto para explorar, e se perder nele, sem precisar necessariamente a jogabilidade ser divertida, contanto que o mundo seja bem feito, belo e vivo.


Me pergunto isso pois como sempre gosto de destacar, o que mais me importa em um jogo é a jogabilidade. De nada adianta um belo mundo se a interação com ele for feita de forma tosca e precária, que é o caso pra mim de Skyrim dentre outros. Não me entenda mal, joguei bastante skyrim, curti e tal, mas pra mim é um jogo que esta muito longe de ser tudo isso que as pessoas falam. E eu venho nesse momento divagar sobre esse assunto pois novamente estamos diante de uma obra de arte incontestável. Witcher 3 já tem excelentes reviews e um número absurdo de pre-orders. E novamente eu me pergunto quanto peso tem esse mundo bem construido e desenvolvido, se a mecânica principal do jogo não é interessante ou divertida? Pelo que eu vi até agora do combate de Witcher, daria fácil um 6, embora não acredite em notas. Nunca nem de longe o combate do Witcher me empolgou como o combate do segundo trailer de Dragon’s Dogma Online, que mostrou a nova adição de uma espécie de "hope dart” à classe strider! Como se o combate do jogo original já não fosse complexo o suficiente.


Enfim, só isso ja mostra algo diferente, uma tentativa de inovar. Enquanto Witcher faz o que pra isso em termos de combate? Rodar espada igual Locomia, rolar e usar magia. Praticamente as mesmas coisas desde o primeiro Witcher. Enfim não quero criticar muito Witcher pois afinal sei o que as pessoas vão falar. “ Ah, é um jogo de RPG, você não pode querer que o combate seja tão complexo. O jogo é mais complexo em outras partes.” Mas isso é desculpinha! Dragon’s Dogma também é um action RPG como witcher, pode não ser tão complexo em outros aspectos menos importantes, como crafting e side quests. Mas de que adianta tanta side quest se não é divertido faze-las? Sim agora estou olhando pra você Assassin’s Creed! Em dado momento no AC4 eu me dei conta de que estava correndo pra lá e pra cá apenas pra pegar coisas espalhadas no mapa. Não havia nenhuma dificuldade, nem o procurar, era apenas colocar pra frente e segurar o R2 olhando o mini-mapa. Quanto valor isso realmente agrega? De que adianta seu mini-mapa estar lotado de coisas se 80% delas são literalmente só um lugar pra se ir e pegar XP ou dinheiro?


Enfim, não quero pegar no pé do Witcher apesar de ter começado a jogar e confirmar o que já esperava. O combate deixa realmente a desejar, não vou me prolongar aqui falando sobre isso pois pretendo fazer um post extensivo comparando o combate de diversos jogos que gosto e desgosto, e Witcher estará lá. Mas se você por acaso curtiu o combate, ou se conseguir ignorar seus problemas, o restante do jogo é realmente uma obra de arte. O mundo é imenso e profundo. Apesar das sidequests muitas vezes serem como as de AC que te obrigam a andar demais pra um lado e pra outro, ao menos aqui você não faz isso em vão. Toda sidequest por menor que seja tem NPCs interessantes, dialogos cativantes, uma trama que te compele a completa-las. O mundo é robusto e as quest principais e sidequest por vezes se desenrolam e se desdobram por horas. É um mundo interessante, uma pena que este é o terceiro jogo e muita gente não jogou os anteriores. Apesar dos desenvolvedores dizerem que qualquer um pode jogar mesmo sem ter jogado os anteriores eu devo dizer que grande parte da graça no contato e interação com os outros personagens se perde se você não faz idéia de quem sejam aquelas pessoas. Fica difícil se importar. Mas ainda assim há tanto acontecendo que mesmo não tendo jogado os anteriores, acredito que só no decorrer deste jogo, haverá tempo e interação suficiente pra conhecer e se importar com todos, devido ao tamanho descomunal do jogo.


Não acho que eu me encaixe no grupo de gamers que aprecia um jogo apenas pela complexidade do mundo, acho que aprecio mais a complexidade das mecânicas, mas é melhor tentar aproveitar o que há de bom. O triste desses jogos é que eu realmente acabo ficando, a todo momento, imaginando como seria divertido se esse vasto mundo pudesse ser explorado e jogado com um gameplay decente! Me acontecia a toda hora enquanto joguei Skyrim, e agora com Witcher também. Mas pelo menos nesse sentido Witcher é melhor, afinal é um jogo de terceira pessoa e não primeira, como Skyrim. Pelo menos! De qualquer forma, qualquer desses mundos seria melhor com o combate de Dragon’s Dogma. Estou realmente com saudades de Dragon’s Dogma, mas por hora vou tentar apreciar o Witcher. E buscar um tutorial pra fazer uma conta na PSN japonesa e poder jogar Dragon’s Dogma Online assim que sair! 

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