sexta-feira, 30 de setembro de 2016

TODOS os jogos dessa geração

Como sempre, de tempos em tempos sou assolado pelo pior lado do meu senso crítico em relação a criatividade nos jogos. Então resolvi listar todos os jogos que joguei essa geração para ver o quão parecidos e sem inovação eles são. Não significa que eles sejam ruins, longe disso, muitas vezes repetir uma boa experiência é o mais prazeroso, mas significa que aquelas fantasias fantásticas que rondam nosso subconsciente nunca serão realizadas nos jogos se eles continuarem sempre se apegando a emular as “experiências seguras”, seguras do ponto de vista comercial, que apelam a um subconsciente coletivo maior.


Vou começar aqui definindo os gêneros e falando mais especifico de cada título caso seja necessário.

Open World Cover Based Third Person Shooter


Jogos de mundo aberto dominam meus favoritos. A impressão de estar num “mundinho” que existe e dá a impressão de funcionar mesmo sem você estar lá. Isso me cativa muito mais do que experiências lineares, que atualmente vem se tornando cada vez mais difíceis de me “enganar” e satisfazer. Um bom exemplo de jogo que faz isso bem pra mim é o Uncharted, ou o Last of Us. A trajetória narrativa é tao importante, tão forte, e te leva a lugares tão fantásticos que você aceita algumas “paredes invisíveis” no caminho. Diferentemente o mundo aberto te convida a ficar, a revisitar lugares favoritos, ver o que há de novo, e é muito gostoso quando o mundo evolui com você.


E o Tiro em terceira pessoa, é minha perspectiva favorita, você ve seu personagem, percebe melhor seus arredores, sem a sensação claustrofóbica do FPS, e em geral o jogo costuma ter uma excelente animação de personagem e outros elementos menos importantes, como melee combat e traversal, que ficam em segundo plano, o foco da ação é mesmo o tiroteio. E com isso o sistema de cover fica também em evidência. Mais estratégia e planejamento entram em cena com a mecânica de cover.


The Division


Não por acaso começo a lista com o Division, pois ele é no sentido mais básico apenas um TPS de mundo aberto, e um mundinho bem pequeno. O próprio estilo “pé no chão” do selo Tom Clancy já impede que algo muito mirabolante aconteça no jogo. O diferencial no caso aqui é o modo cooperativo e competitivo online. Isso que realmente da longevidade ao jogo, fora isso é repetitivo e sem alma.


MGS V


O primeiro mundo aberto num jogo metal gear, e que pena que tão tarde na franquia, onde já não se reconhecem bem os elementos que fizeram da franquia o que ela é. O enfoque aqui fica no stealth e nas traquitanas tecnológicas que diversificam a jogabilidade. Interessante, divertido e bem humorado.


GTA V


Um precursor do mundo aberto, GTA ainda é o ápice pra muita gente. Pra mim ele faz muito bem a parte veicular, mas deixa a desejar tanto no cover based shooting quanto tudo que você faz a pé. Tudo é meio desengonçado e fica parecendo cada vez mais quando comparamos esse jogo de PS3 de 2013 com os mais recentes.


Watch Dogs


Em contra partida WD faz bem a parte de tiro, mas deixa a desejar na parte veicular, que nunca parece bem afinada. No entanto o combate corpo a corpo foi resumido ao ponto da não existência, num confronto corpo a corpo vc simplesmente GANHA apertando um botão, se tiver a habilidade upada suficiente. O diferencial aqui é a mecânica de hackear a cidade. Por si só parece algo grandioso e difícil de se implementar. Apesar das críticas acredito que o jogo atingiu bem seu objetivo. Outro grande diferencial são as “digital trips”, mini-games dentro do meta-jogo que estão lá apenas pra diferenciar o gameplay e entreter de uma forma diferente, e fazem isso primorosamente! Alguns chegam a ser mais interessantes que o jogo em si e fazem você pensar se não seria uma boa idéia por em pratica no jogo todo as premissas mais fantásticas/ousadas/criativas dessas digital trips.


Infamous: Second Son


A razão pela qual deixei Infamous por último é o fato de ser o único aqui com inspiração e mecânicas realmente diferentes. Não pelos poderes em si, que muitas vezes podem ser comparados apenas a re-skin de armas( um tiro comparado a pistola, outro a metralhadora, outro a shotgun) mas sim a velocidade, fluidez e o excelente traversal do jogo. Todas qualidades que já elogiei muito aqui. Então dentre 5 TPS que joguei essa geração, apenas um teve mecânicas que realmente me impressionaram e me fizeram sentir jogando algo diferente.


Open World third person action adventure (and stealth)


Prosseguindo com as descrições, não vou me repetir quanto a mundo aberto ou câmera em terceira pessoa, mas no caso aqui o foco do combate desses jogos de aventura não está no tiro, mas no combate corpo a corpo, ou mecânicas de stealth.


Batman: Arkham Knight



A franquia Arkham foi uma benção maldita. Benção pois reuniu diversos elementos de gameplay bem feitos para emular a experiência de ser o Batman. Trouxe um “Arkhamverse” que funcionou muito bem, um mundo que muda com você, no decorrer da história, e isso vale pra cada jogo da franquia. E o roteiro é simplesmente incrível também em cada jogo. Personagens e atuações marcantes. É dos poucos jogos de mundo aberto que tem uma história tão boa quanto ou até melhor que de jogos lineares como Uncharted. 


Shadow of Mordor



Mais um jogo com o selo WB e que foi feito obviamente sobre os pilares da Franquia Arkham. Transpor a mecânica arkham de combate pra um universo de espadas e decapitações brutais certamente é visualmente interessante. Assim como o anterior é um jogo que tem muitos pequenos detalhes únicos a ambientação do jogo, mas que no fim acabam meio parecidas, como o “modo detetive” do Batman e a “visão do Anel” em Mordor.


Mad Max



Este é definitivamente o mais fraco dos jogos da WB mas ainda assim conseguiu capturar um pouco o espirito do universo representado. É no mínimo uma experiência válida, divertida. O combate é brutal, Já a dirigibilidade e customização veicular deixam a desejar pra um jogo onde isso deveria ser a temática principal.


Assassin´s Creed: Unity


Como descrever AC sem dizer que é mais do mesmo. Sempre um novo local/cenário historicamente acurado e belo. Mecânicas de stealth e combate um pouco duvidosas. Alguma satisfação geral para os complecionistas, o jogo te dá muita coisa pra “não fazer”. Simples quests de ir pra lá e pra cá.



Assassin´s Creed: Sindicate


O Combate do Unity estava ridículo, então no Sindicate retornaram a formula antiga, única coisa de diferente entre eles.


Gravity Rush


E entra aqui um jogo de PSVita Que já elogiei muito. Ele entra aqui sendo exatamente aquilo que eu espero de experiências diferentes. Tipo, algo simples e ao mesmo tempo incrível quando você pensa em “coisas que você gostaria de poder fazer e os vídeo games poderiam ajudar a realizar”. A ideia mais básica e boba que vem à mente é voar. E quantos jogos nessa geração te dão essa opção/sensação? Tão importante quanto a ideia aqui é a execução, que é impecável e torna toda a experiência ainda mais especial. Mais uma vez eu coloco por último o jogo que mais se destacou, mais se diferenciou.  


Open World Action RPG


Witcher 3


Um belo mundo, personagens presentes, opções de diálogos que tem importância e consequência. Mas tudo isso não foi capaz de me fazer permanecer naquele mundo pois o combate era ... não era o que eu esperava. Tentei, mas problemas de repetitividade e colision detection me fizeram ir desistindo pouco a pouco.



Dragon Age: Inquisition



Outro jogo que fiz um review completo aqui, mundo aberto, diálogos, personagens marcantes, mas uma jogabilidade mais convidativa. Agradando tanto fãs da estratégia em turno do 1, quanto os fãs do combate em tempo real do 2. Ao meu ver, so poderia ser mais perfeito se o modo co-op online fosse possível na história single player. Me diverti muito com ambos os modos, mas certas estratégias eram impossíveis sozinho, mesmo com todos os “pause comands” possíveis, enquanto que “estrategizar” com os amigos online torna o desafio mais divertido. Pena que o modo online não tinha os desafios da História.


Competitive FPS


Como sabem eu odeio FPSs mas vão entrar aqui dois FPSs que joguei esse ano e curti! O aspecto competitivo e online certamente ajudou.


Overwatch


Da pra entender o que esse jogo tem de tão atrativo. A Blizzard realmente soube criar uma experiência nova quase criando um novo gênero, o Hero Shooter. Um shooter competitivo que te diferencia dos demais jogadores partida a partida, cada um escolhe um herói único, com vantagens e desvantagens em relação aos outros. A simples dinâmica de “quem é melhor” ou “quem pega o outro de surpresa primeiro” dos FPS competitivos em geral agora se torna mais interessante com os aspectos únicos de cada herói que funcionam como um grande “pedra,papel e tesoura” e se intensifica ainda mais com as estratégias cooperativas e combinações de heróis. Ai que a coisa se complica e você percebe que este não é um simples jogo “arcade”, casual e descartável. É um Shooter tático muito bem disfarçado comparável a Rainbow Six: Siege. E a única forma de vencer é jogando bem, coordenadamente e em equipe. Quando as pessoas não formam o time balanceadamente, quando cada um quer fazer o que quer, quando não há estratégia, unidade, união, suporte e cooperação, não é possível vencer. E com a tenção de um jogo tão exigente com todos os envolvidos, fica difícil se divertir quando a coisa desanda.


Titanfall 2


Eu nunca fui muito chegado em FPSs tradicionais mas devo dizer, o gameplay do Titanfall 2 ta de parabéns! Nunca joguei nada mais fluido e intuitivo no gênero. Isso incluindo os poucos FPSs que já joguei, como Overwatch, Battlefield 1, CoD MW2, Mirror´s Edge e provavelmente alguns outros que estou esquecendo ou nem valem a pena mencionar. Mas é só pra perceberem que não é a palavra de alguém que não gosta de FPS falando que gostou desse sem conhecer outros. Conheço outros e caramba, Ele chega a ser mais fluido, veloz e intuitivo do que Mirror´s Edge que supostamente era pra ser um simulador parkour em primeira pessoa, e a sensação de jogar o jogo é uma bosta! Além da fluidez e velocidade ainda tem a cereja do bolo que são os Titãs. A estrutura “David x Golias” do jogo te dá condições suficientes tanto pra esmagar os outros com o Golias, ou pra, sozinho derrubar um. De qualquer forma é empoderador e divertido. Customizações de personagem e Titãs diferenciam os jogadores assim como no Overwatch, mas não até um ponto desconfortável em que um tipo sempre estará em desvantagem contra um outro. Apenas o suficiente pra deixar as coisas interessantes, Dando chance de qualquer um acabar com qualquer outro.  


Freeflow competitive/co-op Fighter


Por fim vou falar do Dragon Ball Xenoverse, que na verdade não se enquadra bem no simples selo de jogo de luta. Os jogos de luta costumam ligar um lutador ao outro todo o tempo. Mesmo quando o jogo é 3D, você não tem uma real liberdade e mobilidade em três dimensões. Por isso coloquei aqui o título de “freeflow” ao invés de 3D pra diferenciar. É o caso de jogos como Naruto UNS e Xenoverse, onde você corre, pula ou voa livremente nas 3 dimensões.


Dragon Ball Xenoverse


Esse jogo é singular por dois motivos, primeiro vou falar do primeiro que é a jogabilidade. Ela é mais complexa do que a maioria consegue perceber de fora. Ela te dá todos os recursos que você poderia querer nesse tipo de jogo. Ainda por cima é veloz e emula visualmente muito acuradamente a experiência Dragon Ball. Não se trata apenas de ser um bom jogo, ou de emular a experiência do anime, mas sim de fazer ambos muito bem.



A segunda parte é a customização. Não só do ponto de vista estético da emulação da experiência de criar um personagem e se inserir no mundo de Dragon Ball, realizando uma fantasia juvenil de muitos. Mas também a customização do combate. Diversos golpes especiais, e manobras evasivas, diversos golpes e manobras com vantagens e desvantagens, custos e benefícios. Tentar criar o lutador perfeito, o melhor, ou formular um estilo de combate que seja único seu com uma combinação inusitada de poderes, isso não tem preço. Que outro jogo de luta customizável a esse ponto existe? Que outro jogo de ação? A incerteza de enfrentar um inimigo com poderes desconhecidos, combinações que talvez ninguém conheça ou tenha pensado antes é algo que se aproxima muito mais da arte marcial real do que de um jogo. Assim como no próprio mangá o protagonista sempre procurava e se empolgava com um oponente desconhecido e mais forte. Sabem quantas vezes enfrentei online personagens iguais ou parecidos nesse jogo? Sabe quantas vezes tive a sensação de tédio ou repetitividade no PVP online? Nenhuma.



E assim termino a análise de praticamente todos os jogos que joguei essa geração (excluindo os indies que deixarei pra outra ocasião). E o que podemos concluir aqui? Muita repetitividade e falta de criatividade. Falta de coragem pra fazer bem feito o diferente. É possível, como visto com alguns títulos que destaquei. Mas acho que consegui deixar claro com poucas palavras, porque alguns jogos tão subestimados por todos são estimados por mim.


Muitos dos jogos pelos quais espero ainda são mais do mesmo. Mas é possível inovar ou se diferenciar mesmo dentro de um gênero. Horizon: Zero Dawn pode ser um bom exemplo disso. Os jogos precisam sair da mesmice e se tornar mais fantásticos! Pelo menos pra mim, assim eles são mais interessantes do que o tiroteio nosso de cada dia.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Nova geração?



Com a Microsoft anunciando o Scorpio na E3 e a Sony tendo apresentado o PS4 Pro recentemente em seu meeting, a perspectiva de uma nova geração começa a nos assombrar.


Será mesmo? Vamos analisar alguns fatos.



A Sony lançou o PS1 em 1994, o PS2 em 2000, o PS3 em 2006 e o PS4 em 2013. Na real a Sony vem lançando uma nova geração a cada 6 anos consistentemente, com a ultima geração tendo um aninho a mais apenas. Então quando as pessoas falam sobre ciclos mais longos ou curtos, e culpam essa ou aquela geração de ser muito longa ou muito curta, na verdade há um exagero que não reflete a realidade no caso da Sony. No entanto quando você para pra olhar a Microsoft ai sim vemos um gap maior. O Xbox foi lançado em 2001, com a Microsoft entrando no mercado de games com 1 ano de atraso comparado ao PS2. Entrou atrasado e forçou a mão no avanço da geração largando na frente na seguinte apenas 4 anos depois com o Xbox 360 em 2005, E o PS3 saiu atrás nessa um ano depois. Com a crise econômica sempre se agravando a Microsoft aproveitou o bom momentum do 360 e prolongou sua geração o máximo que pode. A Sony tentava correr atrás do prejuízo e recuperar o investimento massivo, e enquanto a Sony não viesse com uma nova geração a Microsoft não ia mexer no seu time que estava ganhando. Com isso, para a Microsoft essa geração durou 8 anos, lançando seu Xbox One em 2013 junto com o PS4 da Sony. Por isso a impressão de uma geração mais longa, pois o ciclo do xbox foi de 4 anos e do 360 de 8 anos. Mas para o Playstation as gerações tem sido de 6 anos consistentemente.



Atualmente estamos no terceiro ano da geração atual, e como podemos ver pelas gerações anteriores a Microsoft costuma forçar a próxima geração sempre que está atrás nas vendas na geração corrente. Ou seja é muito consistente e até óbvia essa forçada da Microsoft com o Scorpio para o ano que vem, exatos 4 anos do lançamento do Xbone.



Mas isso é ruim?


Então, atualmente estamos num ponto complicado no que diz respeito a retrocompatibilidade. Mas não deveria ser assim! Se lembrar bem, os Playstation sempre foram retrocompatíveis logo de cara. O PS2 era retrocompatível, o PS3 lançou retrocompatível apesar do alto custo que isso implicava na época, por sua estrutura e engenharia diferenciada. O Xbox 360 lançou sem retrocompatibilidade, saiu na frente e a Sony acabou abandonando a retrocompatibilidade pra tentar alcançar uma competitividade de preço entre sua máquina e a do concorrente.



Com a morte da retrocompatibilidade entraram na moda os Remakes HD. Uma forma fácil e rápida das empresas capitalizarem em cima de um produto praticamente pronto com apenas alguns ajustes. Tal dinheiro fácil ajudaria a cobrir os custos monstruosos do desenvolvimento dos jogos da nova geração. Não foi bem o que aconteceu, e o que veio em seguida foi ainda pior! Uma nova geração surgiu, e então foi a vez da moda dos HD Remasters! Menos mudanças ainda são necessárias nesse caso. Na realidade mal da pra ver diferença. E é uma puta sacanagem pois ele querem que você compre de novo o mesmo jogo que comprou a poucos anos atrás e que você não pode jogar no seu novo console por que eles abandonaram a retrocompatibilidade. Mas o pulo de geração nem foi tão grande, nem tem tanta diferença assim entre os jogos de PS3 e PS4! Não como houve do PS2 para o PS3. A Sony como atual lider no mercado forçou a mão com o serviço PSNow, basicamente cobrando pela retrocompatibilidade. Eis que então vemos a Microsoft surgir como grande salvadora da retrocompatibilidade, quando na verdade, fora ela mesma que a descartou no passado. Não que haja um certo ou errado aqui, mas que bom que a retrocompatibilidade está sendo trazida de volta a relevância, pois ela é muito relevante para os futuros consoles.


O que esperar?


Acho que podemos dizer sem medo que os consoles futuros terão retrocompatibilidade para com, pelo menos, uma geração anterior. Digo isso por que a retrocompatibilidade sempre esteve aí, sempre foi importante e mesmo a Microsoft que a descartava de cara está agora resgatando-a. E no caso a Sony realmente só a deixou por conta da arquitetura complexa do PS3. Ninguém quer mais saber do inferno que era desenvolver pra esse sistema complexo. Por conta disso podemos afirmar com segurança que o PS4 nunca rodará jogos de PS3 nativamente. Mas o PS4 já tem uma arquitetura mais comum e aposto que o PS5 será não apenas retrocompatível, mas também foward-compatible, termo que a própria Sony já começou a usar com o PS4 Pro.



Se as empresas querem mesmo forçar a mão de uma nova geração tão cedo, é bom considerar incluir as pessoas que não queiram dar tal salto tão cedo. Muito tem se falado de gerações dentro da geração, de um modelo de atualização querendo se espelhar nos Iphones. Eu realmente espero que seja cada vez mais assim, de forma inclusiva. Você não precisa do modelo mais novo pra rodar os jogos que quer. Se aproximando mais dos PCs você vai poder jogar com set-ups menos ou mais ideais. Quer dizer se considerarmos o que é melhor para os consumidores, o que não é necessariamente no que as empresas estão pensando. Pode ser que eles queiram simplesmente forçar a nova geração, abandonando a atual, se esse for o caso, vou te falar que não vai rolar suave não.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Saldo da E3 2016

Então, me empolguei um pouco demais com a idéia do countdown mas nao tive tempo pra isso, então ficamos por aí mesmo e vamos agora ao que interessa, o saldo da E3. 

 Como sempre gosto de fazer, fui dar uma lida nos meus post sobre E3 passadas. Pelo visto minhas expectativas não mudam muito, e os resultados também não. Estamos novamente diante de uma E3 que confronta a Microsoft do presente com a Sony do futuro. Microsoft apresentou uma extensa lista de exclusivos planeados para lançar entre esse ano e o próximo. Enquanto isso a Sony empurra para o ano que vem alguns jogos interessantes e mostra jogos que nem data prevista tem! Na real eu até acho melhor não colocar uma data falsa se você não tem mesmo uma noção de quando vai sair. Mas melhor ainda é não mostrar o jogo se você não sabe quando vai sair! Mostrem apenas mais próximo do lançamento!

Não vou discutir Microsoft a fundo aqui, pois não tenho um Xbone, mas num futuro próximo talvez seja uma boa hora pra obter um slim. Ok, tirando isso do caminho, a Sony tem alguns exclusivos vindo esse ano, mas eles foram pouco falados, ou estão a tanto tempo sendo esperados e adiados que simplesmente não causam impacto. Quase como Uncharted que foi tão adiado, que acabei deixando pra lá. Já esperei tanto que posso esperar mais um pouco por um desconto. É assim que No man´s Sky e The Last Guardian chegam ao mercado. O primeiro não comprarei. Interessante mas simplesmente não é um jogo, é um tech demo. Quando a Sony resolver dar ele de graça pra gente na PSN eu testarei. Já o Last Guardian, não da pra ignorar. Mas lançando tão próximo do FFXV, outro que estamos na espera a décadas, talvez de pra esperar também. Realmente quero jogar ele, mas se o FFXV me absorver bem, não tenho por que pagar tão caro por um jogo no lançamento se não vou jogar, melhor esperar uma promoção. 

Eu realmente gostaria de estar mais empolgado, mas mostrar demo do God of War sem uma data de lançamento, ou apenas um teaser do jogo do Homem-Aranha. Tantas coisas interessantes e boas já passaram por essas conferências e sumiram no meio do caminho da espera. GoW certamente está vindo, mas tá demorando tanto que achei que quando mostrassem já estaria perto do lançamento. E a situação não poderia estar mais longe disso. O trailer do Aranha tem realmente cara de CGI querendo se passar por gameplay, conceito. Muita cara de jogo que pode sumir num futuro próximo, ou como eu costumo pensar, nunca foi um jogo, apenas um conceito e um trailer pra tapar buraco, esconder a falta de jogos e te deixar empolgado pra algo que não vai vir. Como os que mencionei no meu post pré E3, Wild, Rime, Deep Down, e não surpreendentemente eles continuam não aparecendo mais. Engraçado como os jogos que acabam sumindo são sempre os que me interessam mais, então grandes chances desse Homem-Aranha sumir eventualmente. 

Falando das coisas boas, curti a mudança no estilo de gameplay do GoW, embora tenha sido muito pouco, não sabemos se isso é um prólogo apenas e depois a câmera e o gameplay vão retornar a uma perspectiva mais familiar. Agora o que roubou o show novamente pra mim foi Horizon. Gameplay sempre parecendo muito interessante. Gadgets diferentes com efeitos diferentes pra se aproveitar de diferentes pontos fracos dos inimigos. Animação, movimentação, combate e montaria, tudo excelente. Um pouco triste de ter que esperar até ano que vem por esse jogão, mas não é como se eu não fosse ter o que jogar nesse fim de ano.

Esse ano, como ano passado, a maioria dos meios de comunicação declararam a Sony vitoriosa novamente. Eu devo cordialmente discordar. A Ubisoft, apesar dos seus problemas recorrentes com bugs e jogos desenvolvidos por múltiplos times pelo mundo que são juntados as pressas para o lançamento, ela consegue manter sempre um bom show e uma impressionante quantidade de jogos interessantes! Me arrisco a dizer que se a Ubisoft resolvesse fazer um console e tornar todos os seus jogos exclusivos para ele, esse seria um console que eu iria querer ter mais do que um da Microsoft. De todos os jogos mostrados nas conferências você pode ver que os que me interessaram eu comentei aqui. Isso significa nenhum jogo da Microsoft (Scalebound que era o único que me interessava vem decepcionando), três jogos da Sony (GoW, Horizon e Aranha), E agora veremos quantos no Ubi? Wildlands, quero! Vai ser o que o Division deveria ser, mais action, menos MMORPG. For Honor, quero JÁ! Estou muito pronto pra esse jogo, na real fiquei desapontado com modo história, esse jogo não precisa de modo história, não tem como essa história de mistureba não ficar zuada. So o multiplayer já tava bom, mas acho que eles iam ficar com vergonha de cobrar preço cheio por um jogo só com isso, como Titanfall e Overwatch. Até o Division voltou a me interessar, mas eu não cai na armadilha do season pass dessa vez, vou esperar a expansão sair e ver o preço dela sozinha pra ver se vale a pena. Por fim revelaram Watch Dogs alguns dias antes da E3, mostraram mais, está interessante! Melhor parkour que já vi! Não curti muito o estilinho do novo protagonista, hipsterzinho jovial, prefiro o estilo sobretudo do Eiden, nunca tive nada contra ele, como a maioria tem, mas acho bom a mudança de protagonista. Já não fui com a cara do estilinho desse, mas vamos ver se de personalidade ele vai salvar. Também a habilidade de customizar sua própria roupa deve ajudar. Também não curtia o estilo do Delsin (Infamous) mas a jaqueta do Cole deu uma salvada nele. Se rolar um sobretudo do Eiden, ou roupa d outra franquia da Ubi, deve ajudar. Mas fora isso ta bem interessante, gostei bastante do primeiro apesar dos problemas. Estou pronto, e que bom! Assim que se faz! Mostra o jogo e em menos de 6 meses você poderá jogá-lo! Aí sim! 

Prosseguindo Vimos um pouco do gameplay do Xenoverse 2 deliciosamente em 60fps. Tá lindo, fluido mas é só isso. Não revelaram muita coisa e sinceramente eu esperava que estivesse jogável no show floor, já que vai sair ainda esse ano. Deu até um pouco de vergonha alheia nas entrevistas, pois eles não podem falar nada, os entrevistadores não tem o que perguntar, então o que diabos estão fazendo ali? Enfim, teremos que esperar mais pra ver e saber melhor. Muito ansioso pra esse.



Uma grande e deliciosa surpresa pra mim foi Absolver. Um jogo indie com uma estética bela, meio oriental. Uma espécie de mundo aberto online aonde o foco é o combate melee e sua profunda customização. Só vendo pra crer. Você tem 4 bases/estilos de luta que pode mudar a qualquer tempo e cada uma delas pode ser customizada ao ponto de você ordenar os golpes que tem da forma que quiser e criar seus próprios combos! Você "aprende" os golpes dos inimigos, seja por drop, ou realmente levando aquele golpe muitas vezes! É um conceito difícil de explicar e é muito mais interessante ver. Até por que com tanto jogo de tiro em primeira ou terceira pessoa, simplesmente não existem mais jogos de ação melee como antigamente, pois hoje foram resumidos ao estilo Arkham ou DMC. Ver e ouvir os próprios desenvolvedores falar que suas inspirações vieram de jogos como God Hand, é realmente uma benção! 




quinta-feira, 2 de junho de 2016

E3 count down! 10!

É muito difícil conter a excitação quando faltam apenas dez dias para a E3. Sendo assim resolvi fazer uma contagem regressiva. Cada dia um post com um jogo que eu sonho ver feito. A E3 do ano passado foi a E3 dos sonhos pra muitos. Não foi tanto assim pra mim. Eu não sou de ter grandes esperanças, mas como Dragon Ball Xenoverse 2 foi anunciado, acho que fiquei um pouco mais esperançoso. Não a ponto de achar que eu vá realmente ver esses anúncios, mas ao menos empolgado o suficiente pra falar deles. A maioria desses jogos possivelmente não vai existir nunca, que existam ao menos aqui, nas minhas memórias.

Infamous Online



Sim! Se você me conhece e já leu algum post meu antigo pré E3, você sabe que eu sempre quero e espero por um novo Infamous. Preferencialmente um que traga o Cole/Kessler de volta. Mas após jogar um pouco do Division, um  jogo bastante bugado mas que é principalmente divertido por sua interatividade online, acho que fiquei mais na vontade de finalmente ver realizado um amplo mundo online de Infamous. Com criação de personagem, muitos poderes para escolhermos ou liberarmos, e um mundo vasto para brincarmos com nossos amigos. Esse esquema do Division de ter uma história, missões PVE, área de PVP e etc. é bastante interessante. Seria demais ver o mundo de Infamous realizado assim. Ah claro, e se estamos sonhando, por que não querer que saia ainda esse ano e sem bugs?

Cadê a Inovação?

Toda vez que nos aproximamos da E3 fico mais reflexivo. Uma esperança que já abandonei a um tempo, mas sempre ressurge, é a inovação nos jogos. Mais especificamente inovação nos jogos de ação/aventura em terceira pessoa. Mesmo os FPSs vem inovado de tempos em tempos, bem ou mal, com jogos como Mirror´s Edge, Dishonored, Deus Ex ou Far Cry Primal. Mas os jogos de ação tem ficado pra trás. Até por que, uma vez realizada uma idéia em FPS, parece que é pecado reutilizá-la em um jogo de terceira pessoa. Você consegue imaginar quão foda seriam qualquer um desses jogos com uma mecânica e gameplay construídos especificamente para um jogo em terceira pessoa?

Mas enfim, não é sobre isso que vamos falar. Na verdade como sempre anseio por um jogo inovador, vou aqui falar dos jogos que me marcaram de alguma forma com suas inovações ou gameplay diferenciados. Posso já ter falado desses jogos aqui alguma vez, mas certamente se eu me repetir é por que eles realmente valem a pena. 

Pra começar vamos com o mais recente. Gravity Rush! Recente pra mim que não tive PSVita, mas desde quando foi anunciado, que eu vi as mecânicas em prática, percebi que era algo muito especial. Um jogo de mundo aberto com uma mecânica de controlar a gravidade a qualquer tempo. Fazer seu personagem "cair" em qualquer direção, com toda liberdade era algo impressionante na teoria e em vídeos, e realmente libertador e delicioso na prática! Algo inovador e muito bem executado. Único jogo até hoje a fazer isso. Me lembro perfeitamente do fiasco que foi Inversion, um TPS q prometia algo similar, mas na verdade apenas fingia que fazia, tudo era pré-programado e só acontecia em locais específicos.


Obviamente tal liberdade espacial me remete ao inigualável Zone of the Enders 2. Hideo Kojima é um mestre em inventar gêneros que não existiam. O subtítulo "High speed robot action" descreve muito bem o que é o jogo. Um dos jogos de ação mais belo e ágil que já joguei. E um gameplay com uma ampla gama de opções de ações e todas muito bem executadas. O jogo é fluido, belo e responsivo. Só jogando pra sentir. Sem falar na melhor abertura de jogo de todos os tempos. Quando a vi pela primeira vez tive dificuldade em aceitar que o que estava vendo era o gameplay! Me apaixonei instantaneamente.


Preciso me repetir falando the Shadow of the Colossus, o jogo no qual, pela primeira vez, você enfrenta inimigos gigantes escalando-os! E não com quick time events ou qualquer truque, mas com mecânicas e física sólidas de escalada no gameplay. Naquele momento achei que todo jogo que tivesse um inimigo gigante agora seria assim... Doce ilusão. Apenas um outro jogo veio a reutilizar esse conceito e não é a toa que se tornou um dos meus favoritos de todos os tempos: Dragon´s Dogma.
 

Que aliás é outro nessa lista pois além disso também trouxe diversos elementos interessantes. Cada skill não era apenas um floreio, uma boniteza com um efeito. Não! Cada skill, dependendo claro, tinha sua própria implicação física. Como já comentei uma vez aqui, por exemplo, uma habilidade de paralizar os inimigos com uma flecha do arqueiro não é simplesmente um tiro normal com uma propriedade paralizante. É uma skill que depende da física e do ambiente, pois você realmente crava o inimigo na parede com sua flecha! Então você precisa de uma parede atrás dele, de um melhor ângulo de tiro e uma distância razoável. Assim como nenhum outro jogo jamais te permitiu ou deu tanto prazer em deixar você torcer sua espada nas entranhas do inimigo! Uma das skills do guerreiro. A execução e representação das skills ficou simplesmente perfeita. E estou sitando apenas duas.


Vanquish parece nome de detergente mas na verdade é um TPS com um foguete no rabo! O que faz esse TPS ser especial é sua velocidade, freneticidade e o dash absurdo. Some isso a um já tradicional efeito de bullet-time e é isso aí. Temos a receita desse cruzamento de Metal Gear com ZoE. Excelente! Pra mim é o melhor shooter TPS que já joguei. Considerando aqui apenas shooters, e não action adventure shooters como Uncharted né.


Falando em TPS os primeiros Infamous eram basicamente TPSs com uma skin diferenciada. Agora o Second Son realmente deu um up foda. a agilidade que você tem nesse jogo é comparável a ZoE2. A precisão e agilidade, tudo isso sem perder a beleza ou o frame rate enquanto você atravessa a cidade fazendo as maiores estripulias. Sem falar que é um dos poucos jogos dessa geração que você olha e diz, "isso sim é next gen!". E isso sendo ainda um dos primeiros jogos a sair nessa geração, e é sem dúvidas o meu favorito até agora em questão de gameplay. (mesmo incluindo o recém lançado Uncharted)

Bom Esses são apenas alguns, conforme for lembrando vou colocando mais aqui.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

E3 2016! excitação ou desmotivação?

Estamos chegando perto da E3, então vamos as tradicionais previsões. Este ano me sinto mais pessimista do que o normal, mas vamos tentar manter o esquema de fazer algumas previsões realistas, e falar de alguns desejos e sonhos.

Então vamos começar, o motivo do meu pessimismo extra são dois: Primeiro, a maioria dos grandes jogos que vinham sendo mostrados e anunciados já saiu. Os jogos revelados e mostrados mais recentemente nos últimos eventos não devem sair esse ano. Segundo, se haviam coisas programadas para sair surpreendentemente ainda esse ano, o PS4K, ou Neo, pode ter influenciado certos desenvolvedores a adiar seus projetos e darem uma caprichada para o novo console. Talvez até lancem algo realmente esse ano, mas já focado no novo console, e mais pro fim do ano.

Outro ponto a ser abordado é o fato da E3 do ano passado ter sido considerada a "E3 dos sonhos" por conta da conferência da Sony com SHemue 3 e FF7 Remake. Acho que houve muito hype por muito pouco. Apenas mencionar certos nomes já gera muita comoção. Acho que outras empresas possam querer entrar nesse esquema esse ano e sacudir as redes sociais apenas com grandes nomes, mas sem ter nenhum conteúdo deles pronto ainda.

Por esses motivos minhas previsões realistas/pessimistas são:

A Sony vai focar no novo console. Trailers de CGI afirmando ser in game engine rolarão solto, muito pouco ou nada de gameplay. Os jogos first party Que estão devendo a muito tempo finalmente vão começar a aparecer, como God of War por exemplo. Porém eles já podiam estar sendo lançados, mas vão ficar no formo mais um tempo pra saírem caprichados para o novo console. Algum será anunciado para esse ano ainda! Porem sabemos que não sairá, e será "adiado" pra sua real data de lançamento em agosto de 2017. 
Pouco enfoque será dado ao No Men´s Sky. Eles demoraram muito, o interesse se perdeu. Vão tentar resgatá-lo, mas a realidade é que não há muito o que fazer ali além de explorar. E acho que a Sony já percebeu que essa não é uma galinha dos ovos de ouro, mas apenas um belo tech demo.
Horizon será anunciado pra esse ano! Mas irá ser adiado pra março de 2017. Gravity Rush 2 será o único jogo a se manter no cronograma Saindo ainda esse ano.


Por incrível que pareça, Bugsoft é que está com a maior line-up de jogos que quero jogar futuramente. For Honor, Ghost Recon Wildlands e Watch Dogs 2. Certamente devem mostrar algo e anunciar talvez algum pra esse ano. Porém é mais provável que eles não lancem nada e mantenham o foco no "ano um" do Division. Ouvi boatos de que anunciariam um novo IP também. Quando me veio um estalo, eles não vão lançar um Assassin´s Creed esse ano, sinto cheiro de Assassin´s Creed Online futuramente?
 
Sobre tentar fazer algo parecido com a "conferência dos sonhos" da Sony, Tantas franquias podem querer gerar comoção apenas com um teaser de CGI, título e menos de 10 segundos. Resident Evil 7, Crash Bandcoot, BattleToads, Star Wars e Metroid são apenas alguns nomes.
No mais, é uma E3 para qual estou com as expectativas bem baixas, Então não tem muito como ser pessimista demais, basta nenhuma surpresa positiva acontecer.

Agora falando nelas, vamos a algumas previsões e desejos mais positivos.


Sucker Punch mostra seu próximo jogo! Andam rolando rumores de um jogo do Aranha feito por eles e Remastered dos anteriores. Qualquer coisa que se confirme ou que eles mostrem me empolga, menos se for relacionado a Sly Cooper. Eu adoraria um jogo do Aranha, mas sendo sincero prefiro que continuem a franquia Infamous. Se fizessem um tipo de Infamous online seria demais. Criar personagens, diversos poderes a sua escolha, evolução de personagem, farming PVE e PVP. Estou pronto!

Se eu puder sonhar um pouco mais agora, coisas que eu gostaria de ver seriam:


Dragon Ball Xenoverse 2 anunciado. Talvez seja uma notícia mais pra uma TGS, mas eu mal posso esperar pra anunciarem logo essa sequência. O primeiro me entreteve muito, ainda entretêm, mas quero mais! (Atualizando, já foi anunciado! WOOO!!!!)

Dragon´s Dogma 2 ou o Online anunciado pro mercado internacional! Da licença? Posso sonhar? Esse é o meu jogo favorito de todos os tempos em termos de gameplay. Ele existe, mas está inacessível a mim por estar confinado ao mercado japonês.

Agora alguém sabe me dizer onde estão Rime, Wild e Deep Down!? Será que vão se juntar a Eight Days no Limbo dos jogos cancelados?


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Guerra Civil?

É isso aí. Com um ano que começou fraco em jogos, a menos de um mês pra E3 e nenhuma notícia que me interesse borbulha na internet, o jeito é falar dos filmes que estão bombando. Devo dizer, eu estava com expectativas altas pra esse Guerra Civil, pois o meu filme favorito da Marvel é o Soldado Invernal, dos mesmo diretores. Em segundo vem o Ultron, que foi uma aula de cinema, plot bem amarrado, tempo de tela bem equilibrado entre os personagens. As pessoas reclamam do Ultron em si como vilão, mas eu gosto dele, ele é um Stark distorcido, ironia a flor da "pele". O melhor depois do Loki, que é difícil bater, pois tivemos três filmes já com ele, pra simpatizar com o rapaz. Mas enfim, curti o Guerra Civil pra caramba, mas tá longe de ser o melhor filme da Marvel, e nem o segundo lugar conseguiu conquistar. Não me levem a mal, vou explicar o por que.
  



Quanto as cenas de ação: o CGI excessivo  não me perturbou profundamente, pois certas cenas, só podem ser feitas assim mesmo. Me incomodou um pouco é que eles usaram até quando não precisava! Por exemplo em várias cenas do Pantera, incluindo quando ele pula e dá 3 chutes no ar seguidos. Cara, Jet Li faz isso na real sem cabos. Tudo bem, você não tem um dublê fodão pra fazer? então bota o cara no cabo e faz. Agora, nem isso, optar por fazer em CGI uma parada que não precisava ser, é muito caído. Mas não chegou a atrapalhar a diversão na hora não, apenas analisando agora de fora, não precisava. De resto, a ação do filme satisfaz! É o orgasmos nerd que todos esperavam. Não vou me alongar aqui falando das belíssimas cenas de ação, quem viu, sabe do que to falando, quem não viu verá. Se esse filme vale por alguma coisa, são por elas. Só pra não dizer que estou 100% satisfeito, vamos falar do excessivo tempo de tela de alguns atores. Nos já sabemos que a Viuva Negra é foda, não precisamos de tantas cenas de ação com ela! Deixem outros personagens ganhar um pouco mais de espaço, se desenvolver mais. Chega a incomodar quando o pau começa a comer e ela aparece. Ah caralho, sabemos que haverá uma belíssima sequência de luta coreografada em que ela esfrega a xota na cara das pessoas, mas eu realmente queria ver como outro personagem iria lutar!

Quanto o vilão: o Zemo é muito caído sim. Mas apenas uma alteração nele já o tornaria ao menos verossímil. Bastava ele continuar sendo da Hidra, isso já justificaria todos os recursos e acessos que o cara tem. Sem isso, um mero ex-soldado de um país falido, com todos os recursos e acessos que ele tem? que faz o que ele faz, chega aonde chegou, quem é ele?
MacGuyver!

Mas além desses pequenos problemas, a trama mesmo não convence. Querer culpar os Vingadores pelos eventos de Vingadores1, 2 e do soldado invernal, muito forçado. No primeiro invasão alienigena, a culpa não é deles. No soldado invernal o problema é a porra da agencia militar SHIELD infiltrada por terroristas HIDRA! O problema é da burocracia das agencias, não dos vingadores (o que motivou bem a mudança da confiança do público em geral do MCU das agências governamentais para os super-heróis). Já em Ultron sim, a culpa é exclusiva dos vingadores e do Tony Stark. Acho que deviam ter focado mais nisso, a culpa do Stark devia ser algo mais bem trabalhado do que "mãe de um qualquer vem e fala do filho morto". O próprio fato de que nos primeiros filmes a Marvel não lidava bem com autoridades, eventualmente resumindo elas ao conselho mundial e a SHIELD. E agora, do nada, tiram toda a importância do conselho mundial e colocam a ONU como grandes coisa!(coisa que nem na vida real é). Aí Thunderbolt Ross ta de frente na parada? Militar americano, com prisão secreta e etc. Sem falar que no final do Ultron os Vingadores já estavam com a Avengers Academy estabelecida em solo americano. Quem permitiu? Eles estão permitidos na America mas o problema é a atuação não supervisionada deles no exterior? E pra supervisionar eles a ONU vai confiar num militar americano depois de todo o fiasco da SHIELD? Pera lá, algo não faz sentido aqui! Se o problema é a atuação deles no exterior, outro problema é que eles só discutem o assunto por alto, ninguém nunca chega a abrir o tratado de Sokovia pra ler! Lê antes de reclamar Capitão! Ao que exatamente ele era contrário ali? Ao mero fato de seguir regras? Ele é um soldado! Rogers e Stark sempre estiveram em lados diferentes dessa disputa, mas só pras coisas se aproximarem dos quadrinhos e o Capitão ser mais visto como "certo" defensor da liberdade, eles mudaram os pontos de vistas que ambos vinham defendendo a tempos. Por mais que o Rogers não quisesse a SHIELD mais no comando, ele entende a necessidade de protocolos de conduta. E o Stark que conhecemos do cinema, mesmo com sentimento de culpa, nunca abaixaria a cabeça pra agencias governamentais. Ele criou o Ultron sem perguntar pra ninguém se devia ou não. No fim ainda se achava certo, e insistiu, criando o Visão. Mas enfim, como todo filme que coloca heróis contra heróis, o plot é apenas uma desculpa, relevamos isso pra ver cenas foda de ação. Mas, uma coisa boa na trama foi a revira-volta da tragédia da família Stark e o Soldado Invernal. Achei algo bem feito, bem pensado, e um excelente catalisador pra incendiar o pavio da guerra mesmo. Uma pena que foi usado tão para o final do filme. Podia ter justificado melhor os posicionamentos e daria mais gravidade aos combates. Ao invés de sempre parecer um combate entre amigos onde ninguém está lutando a sério.